segunda-feira, 4 de junho de 2012

O Medo da Luz


O Medo da Luz






"Podemos facilmente perdoar uma criança que tem medo do escuro; a real tragédia da vida é quando os homens têm medo da luz."

(PLATAO)


Momento I: Religare


A sentença de Platão transcrita acima lembra-me de um vídeo que circulou pelo Youtube "Deus Existe?", que se refere a um suposto debate entre o aluno Einstein e um professor, onde o cientista defende ainda garoto o Deus do Bem e do Amor.  

Bom... Por volta de 1914, Albert Einstein era professor na Universidade de Berlim, e não aluno. Mas, verdade ou não, o vídeo mostra Einstein dizendo que a escuridão não existe, trata-se tão somente da ausência de luz. Na seqüência, segue afirmando que o mal também não existe por si só, sendo na verdade a ausência do Bem, da presença de Deus nos corações.

No pensamento de que Deus nos remete ao Bem, a Luz, ao Amor, por que não desenvolver uma intimidade, um laço estreito, profundo e definitivo? Por que não criar na rotina um tempinho para a comunhão com o nosso Pai Celestial, assim como dispomos de uma rotina para o trabalho e organização de nossos lares?

É preciso amadurecer o pensamento... Não, não! É necessário abrir os corações para essa doce presença tão absoluta, tão real.


Momento II: O Mito da Caverna

O Mito da Cav
erna foi escrito pelo filósofo Platão, parte do livro VI de A República, onde é discutida a teoria do conhecimento, linguagem e educação na criação de um Estado ideal. A alegoria de Platão expressa a imagem de prisioneiros acorrentados no interior de uma caverna, desde o nascimento, de forma que olhem apenas uma parede iluminada por uma fogueira, a qual projeta o cotidiano de seres como homens, animais, plantas. Um dos homens consegue libertar-se das correntes e sair da caverna; e depois de deparar-se com a realidade, retorna ao interior da caverna e tenta descrever para os seus companheiros a realidade do que havia experimentado. No entanto, os companheiros têm dificuldade de entender a narrativa do ex-prisioneiro, pois não possuem referência alguma do que está sendo dito, apenas as sombras que vêem projetadas na parede.

A narrativa de Platão apresenta a saída da ignorância para a conquista do pensamento racional, mediante uma metáfora.

Logo, trata-se de uma tragédia realmente manter-se acorrentado, ter medo da luz, que proporcionará o conhecimento da verdade, no sentido de autoconhecimento. É preciso coragem para desgarrar-se de uma manada e seguir com os próprios passos, no ritmo de sua própria marcha. Nem sempre existe a compreensão dos que são próximos; e ficar à margem da maioria não é algo que se possa chamar de confortável. Mas, é correto afirmar que vale muito a pena.

Avante!

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